terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Só meu!

Não é que a felicidade dos outros esteja me incomodando. Nem é que eu esteja exatamente com ciúmes. É um pouco triste ver que sobra ainda menos tempo pra mim, mas o ponto não é esse. O ponto é que entre tantas declarações aparentemente apaixonadas, eu me pergunto se elas realmente sentem de verdade, se realmente sabem o que é amar alguém de verdade. Me incomodo com quem fica banalizando esse sentimento.

Às vezes me pergunto é se essas pessoas realmente sentem o sublime que isso deve ser, ou se apenas vão vivendo como viveriam qualquer outro dia, com qualquer outra pessoa. Me pergunto se elas merecem ou são realmente dignas de tal felicidade, de ter alguém do seu lado. E, se são, elas têm obrigação de ser felizes! De fazer a outra pessoa feliz também! De aproveitar isso sem ficar inventando problemas!

Como tem gente que pode dizer que sabe o que é amar se vive trocando de par como quem troca de roupa?! Se vive saindo de uma relacionamento pro outro? Não sabem realmente o que é amar alguém e não sair por ai usando pessoas e depois descartando. Não sabem o que é perder noites de sono lembrando da pessoa amada, lembrando apenas do sorriso dela. O que é estar junto de verdade, não apenas no corpo. Não sabem o que é desejar continuar junto. São pessoas que estão mais preocupadas em serem felizes do que em fazerem felizes. Eu quero poder ficar feliz em ver a felicidade delas. E não revoltada por vê-las deixar escapar a chance das mãos.

Logo eu que sinto tanto e tão verdadeira e intensamente, acabo estando sozinha, sem ter com quem compartilhar tal sentimento. Às vezes acho que só eu devo sentir isso assim... tão forte, tão puro. Queria mais que isso. Queria alguém pra sentir junto e junto de mim. Queria fazer feliz alguém que quisesse me fazer feliz também.

Um sentimento tão lindo, tão sublime, tão raro, tão mágico merece ser vivido por quem sabe apreciá-lo e valorizá-lo, reconhecendo-o como tal.

No dia em que essas pessoas sentirem isso talvez elas entendam quando eu falo do que eu sinto, dessa intensidade, desse querer, desse sentimento que parece ser tão e só meu.

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