sábado, 13 de fevereiro de 2010

Saturday Night Fever

As pessoas fervem lá fora ao som da música alta, dos fogos, ao sol. Barulho, agitação, multidão, calor. Um verdadeiro caos. As pessoas enlouquecem. O exagero de tudo me incomoda.  A obrigação de ser feliz com data marcada também. Ser feliz é algo que eu me permito todos os dias

A vontade era de ir pra longe de tudo isso. Mas essa febre que não passa, não me deixou seguir em frente e me fez continuar a arder aqui, entre suor e calafrios, sozinha, durante todo o dia. Eu fiquei, você não. E agora que o sol esfriou e já se pôs é a febre do sábado à noite que me consome ainda mais. A noite linda convida, a lua me chama, mas a ausência de um par me faz perder toda a vontade de dançar. Hoje eu quero sair só.

Filme antigo pra embalar?! Melhor não... vou acabar desejando ainda mais o convite dança comigo?” Melhor então dormir, quem sabe sonhar. Talvez seja uma boa maneira de me ocupar, talvez seja a maneira mais agradável de fazer o tempo passar. Talvez. Poderia ser se ainda houvesse sono, se já não tivesse gasto todo ele.

Volto à cama e penso: amanhã é outro dia. Só me deixe aqui quieta. Isso passa. Apago a luz, ligo o rádio. A música parece acertar o meu momento, quando nem sei por que me sinto assim. E, diante da Via Láctea, não consigo distinguir se estou realmente de olhos abertos ou fechados. Lembrei-me então de fechar os olhos...




Não me dê atenção. Mas obrigada por pensar em mim.

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